quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O Caminho Faz-se Caminhando!

Ela estava sentada no bar. De copo na mao. So ela e o copo. Olhei para ela. Que classe de mulher! Que fazia ela ali, num dos bares menos chics da cidade? Sozinha? Fui até la e perguntei. 

Hoje fui honesta comigo propria. Honesta o suficiente para perceber que o que me fez ir ao encontro daquela mulher cheia de classe, sozinha num bar, de copo na mao, foi MEDO! Medo de "acabar" assim, com 40 anos, cheia de classe mas sozinha num ambiente que nao "bate" comigo! O que lhe queria mesmo perguntar era onde é que ela errou? 

Hoje fui honesta comigo propria. Honesta o suficiente para assumir que o que me aterroriza é a falta de controle em relaçao ao meu futuro. é pensar que tenho responsabilidade mas nao tenho controle. E é esta impossibilidade de controlar os resultados que me assusta, que me bloqueia e que me impede frequentemente de fazer escolhas. Enquanto nao escolher nada, todas as portas permanecem abertas, nao perco nada. E eu nao gosto de perder, seja o que for!

Hoje fui honesta comigo propria. Honesta o suficiente para perceber que o que me esta e impedir de ser feliz aqui e agora é este medo. Fui largada numa cidade global que é o mundo sem mapa ou gps. Nao sei qual o caminho a seguir para chegar ao destino que almejo. Nao tenho certezas de que fazendo aquele caminho ou aqueleoutro vou bater ao sitio onde quero chegar. E por muitas indicaçoes que va pedindo às pessoas que vou encontrando pelo caminho, cada uma delas me da uma indicaçao diferente, fazendo-me acreditar que cada uma dessas almas tem um caminho so seu! E que eu terei igualmente o meu e so meu! 

Hoje fui honesta comigo propria. Honesta o suficiente para assumir que muitas vezes me achei "especial de corrida", que me achei melhor e mais do que os outros, que julguei que certas coisas so aconteciam aos falhados. Olhei muitas vezes de cima, meti-me muitas vezes num pedestal, sai muitas vezes orgulhosa com a ultima palavra. Achei que ia ganhar sempre, que derrota era coisa de fraco. Até que perdi. Uma e outra e outra vez.  E porque perdi tantas vezes, vi-me forçada a descer alguns degraus do pedestal em que me havia colocado para abraçar pessoas que subvalorizei para me sobrevalorizar. 

Hoje, uma parte de mim sabe que nao sou mais do que tu, que somos todos feitos da mesma carnadura e que temos todos algo a ensinar e a aprender. E porque cai la do alto, a humildade e a compaixão cresceram em mim! 

Hoje estou mais consciente e portanto mais perto da mudança! Sei que a unica forma de se construir um carreiro pelo meio da erva é caminhando, mesmo se sem certezas do que se encontrara pelo percurso. Nao ha um caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho. E se posso controlar alguma coisa é isso mesmo, checkar que sigo o meu coraçao em cada passo que vou dando na construçao do meu carreiro. E que na vida, nao existem realmente derrotas visto que mesmo nessas alturas, ha sempre algo a ganhar! 
   

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