O que é que todos,
mas mesmo TODOS os seres humanos têm em comum? Todos nós, ainda que de maneiras
diferentes, buscamos a FELICIDADE!
Porque é que
algumas pessoas parecem conseguir encontrar a felicidade e outras não? Porque é
que algumas pessoas parecem simplesmente atrair para as suas vidas situações
felizes enquanto outras parecem acumular problemas em cima de problemas?
Façam um pequeno
exercício, não leva mais do que 1 minuto. Peguem numa folha de papel em branco
e escrevam nela o vosso maior desejo do momento, aquilo que, a vosso ver, vos
traria uma grande parte da felicidade que tanto almejam!
E a maioria de nós
vai escrever nessa folha de papel algo que está no nosso exterior. Algo do
género: “aquele trabalho”, “aquela relação”, “aquela casa”, “aquele peso”...
Ao olharem para a
vossa folha de papel, digam-me o que sentem! Quando lêem “desejo aquela casa”,
no que pensam verdadeiramente? Eu dou uma ajuda; provavelmente pensarão,
“desejo aquela casa MAS (normalmente há sempre um MAS) é demasiada cara para
aquilo que ganho ou que algum dia ganharei” ou então “quero atingir aquele peso
MAS sei que vai ser difícil porque já tentei outras vezes e não consegui!” ou
ainda “quero ter uma relação feliz MAS de qualquer das maneiras não se pode
confiar nos homens/nas mulheres!”.
Aqueles que parecem
simplesmente acumular derrotas em cima de derrotas, estão a sabotar aquilo que
realmente desejam !
Essa sabotagem
passa por acreditarmos que não somos bons o suficiente, que não somos
inteligentes o suficiente, que não somos persistentes o suficiente isto é, passa
por aquilo que nós acreditamos, no nosso eu mais profundo, sobre nós próprios e
sobre o nosso próprio valor.
Mas essa sabotagem
passa também por acreditarmos que os outros são cruéis, que as pessoas não são
de confiança, que o mundo é um sitio hostil isto é, aquilo que nós acreditamos
sobre o mundo e os outros. Estas crenças são o resultado do que nos foi dito,
do que nos foi feito, do que vivemos no passado e é com base nessas
experiências que criamos crenças que muitas vezes nos limitam no alcance dos
nossos maiores objectivos (chamadas crenças limitantes).
Ora aquilo que nós
pensamos sobre nós próprios e sobre os outros e o mundo não é, nada mais, nada
menos, do que aquilo a que chamamos de AUTO-ESTIMA.
E aqui, muitos de
nós confundem dois conceitos bem diferentes: auto-estima e auto-confiança, que
apesar de intimamente relacionadas, não são a mesma coisa! A nossa auto-estima
depende dos nossos valores e crenças (aquilo em que acreditamos e valorizamos
no mundo e nos outros) assim como da nossa identidade (aquilo que pensamos de
nós próprios).
Se não estão a
obter aquilo que desejam , aquilo que contribui para a vossa felicidade,
analisem os pensamentos que estão por detrás desse desejo. No que é que vocês
realmente acreditam? Sobre vocês e sobre o mundo? E quando identificarem as
crenças limitantes, tentem substitui-las por crenças facilitadoras!
Por exemplo, se nós
acreditamos que não teremos sucesso num novo projecto (crença limitante),
revejamos na nossa memoria todos os exemplos em que nos iniciámos em algo novo
e sucedemos. E se for a primeira vez que nos lançamos em algo de novo? Então
significa que a nossa crença está simplesmente errada pois não se baseia em
nenhum facto concreto. Se, por exemplo, acreditamos que as pessoas não são de
confiança, deveremos pensar em todos os exemplos que conhecemos de pessoas que
são realmente de confiança, todos aqueles amigos e amigas que são de confiança
e que confirmam simplesmente que a nossa crença esta errada!
O que faz a diferença
entre as pessoas que parecem atingir facilmente a felicidade e aquelas que
parecem acumular situações difíceis? É que as primeiras simplesmente acreditam merecerem!
(to be continued )